Desafios, cultura e educação dos povos originários foram temas de Roda de Conversa

O auditório Paulo Spínola recebeu na manhã desta quinta-feira (18), a Roda de Conversa “Guardiões da Terra: Direitos e Cultura dos Povos Originários”. Promovido pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento (CEA) da Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA), o evento contou com a participação de Samêhy Pataxó, presidente da Associação de Mulheres Indígenas do Extremo Sul da Bahia, Aléssia Bertuleza, Defensora Pública da Bahia e do Procurador Federal, Antônio Pedro.

Durante o encontro foram abordados os desafios enfrentados pelas comunidades indígenas e a importância da educação e de políticas públicas como soluções para garantir a proteção e a preservação das tradições ancestrais. Samêhy Pataxó iniciou a roda de conversa abordando o papel da liderança feminina, destacando a importância de inspirar outras mulheres e os jovens nas comunidades indígenas. “O desafio é grande, mas conseguimos vencer, porque pensamos na família e no nosso povo. Estamos sempre acolhendo os que querem estudar, porque sabemos que a educação não pode ser retirada de nós. Quem estuda leva o que aprendeu para a comunidade”.

Para a Defensora Pública Aléssia Bertuleza, primeira Defensora Pública indígena no Estado da Bahia, é importante ser referência para as mais jovens, porém “à medida que a gente vai ocupando espaços, vamos mostrando para quem vem depois da gente, que é possível abrir caminhos, mas ao mesmo tempo, me sinto inspirada por vocês estarem aqui me escutando, porque me dá forças para continuar e aguentar passar por todas as dificuldades e desafios”, relatou Bertuleza.

Já o Procurador Federal, Antônio Pedro, reforçou o papel da educação e do ensino público de qualidade. “Dou grande importância à atividade educacional, seja de nível superior, médio ou técnico, como um dos grandes vetores de desenvolvimento.  O ensino público é uma das áreas que mais são atacadas pela estrutura do capital. Mas, é através delas que temos a possibilidade de sonhar, de ocupar cargos e abrir portas para os nossos semelhantes”, destacou Antônio Pedro.