Anagé

Diretoria de Promoção da Igualdade Racial

A Diretoria da Promoção da Igualdade Racial no município de Anagé, está vinculada a Secretaria Municipal de Educação por meio de Portaria publicada pelo município nº 014/2021 de 10 de março do referido ano. O objetivo desta pasta visa potencializar e dar visibilidade a população ético-racial em nosso território de modo que se possa construir Políticas Públicas de fortalecimento que promova ações reparadoras de direitos historicamente negados.

Erinaldo de Sousa Santos                                                                      

Secretário                                                                                               

Telefone: (71) 3645-2390                                                                                       

E-Mail: naldobarra2008@hotmail.com

Willian Vieira de Souza   

Professor          

Endereço: Av. Tiradentes, S/N.    

Telefone: (77) 98832-0595                                                                                        

 E-Mail: professor_cerv@hotmail.com

Políticas, Projetos e Ações

Projeto "O Amor tem Várias Cores"

Projeto

O Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro em todo o território nacional, e em Anagé não poderia ser diferente. A data faz referência ao dia da morte de Zumbi dos Palmares. Ele foi um dos maiores líderes negros do Brasil que lutou para a libertação do seu povo e contra o sistema escravista, representando assim, várias outras pessoas que historicamente resistem e lutam por liberdade.

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi instituído oficialmente pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares – situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na região Nordeste do Brasil. Zumbi foi morto em 1695, na referida data, por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho, comemorar esta data é debater e refletir sobre as diferenças raciais e a importância de cada um e cada uma no processo de construção de nosso país, estado e comunidades.

O propósito de se discutir as práticas de Ensino, enquanto veículo para a compreensão das atividades dos grupos étnicos contemporâneos sob a ótica intercultural, e como fator formador e re-criador de identidades, assim como fator de transmissão de valores que possibilitam a afirmação, expressão e resistência destes espaços sociais diversos, embasam o projeto O Amor Tem Várias Cores. Tendo como referências ensinantes, a Comunidade Quilombolas de Água Doce, Lagoa Torta dos Pretos e Mandacaru, localizadas no município de Anagé, no Território de Identidade do Sudoeste da Bahia Região Nordeste do Brasil. O Projeto também propõe a discussão de como se dá a negociação dos termos de inserção das comunidades rurais negras na sociedade inclusiva, a partir da educação, sob a ótica da decolonialidade, diante das propostas e movimentos curriculantes, orientados, sobretudo, pela BNCC – Base Nacional Comum Curricular, assim como, o DCRA – Documento Curricular Referencial de Anagé, entendendo o vínculo entre educação e as relações étnico-raciais, sendo um processo que implica uma simbiose, faz crer que, no sentido da escrita, o processo de ensino e aprendizagem, também se constitui desta forma, ou seja, num processo de trocas entre pessoas ou fatos, entre o escrito e a vivência. É na lógica desta relação, de concepção de escrita, para além de uma formação letrada, pois se fala de um lugar, um território de construção interna e social, particularmente da identidade negra – o quilombo – para além de um espaço físico, que aqui subscreve-se para reflexão sobre educação e as relações étnicas e raciais, tendo em vista sujeitos pertencentes às comunidades quilombolas, entendidas como territórios de resistências e memórias que remetem à compreensão da formação das sociedades brasileiras, assim como as anageenses, e o 20 de novembro permite a reflexão no sentido das lutas históricas reivindicando políticas públicas para a promoção da igualdade.

O desafio de ensinar que somos frutos desses elementos étnico-culturais, que contribuíram e contribuem de várias maneiras para a formação da sociedade brasileira, sobretudo intelectualmente, não é tarefa fácil. É urgente e necessário criar estratégias decoloniais, para o direcionamento da ação docente e que essas possam promover a reconstrução e a ressignificação de conceitos, contextos e métodos que auxiliem na narrativa dos professores e professoras, e consequentemente na transformação social. Sendo assim, alunos negros e alunas negras precisam se entender de formas diferentes, valorizando cada detalhe de suas diferenças, seus corpos territórios e o percurso de suas histórias.

Importante ressaltar que a Educação para as Relações Étnicas-Raciais, deve ser temática constante em todos os componentes, como preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, alterada em 2006 pela Lei nº 10.639 e em 2008 pela lei nº 11.645, não sendo mais uma lei para negros, negras e indígenas, mas sim a própria LDB.

Objetiva-se, contudo, a reflexão sobre as relações entre as pessoas, à visibilidade da cultura e histórias africanas, em seus mais diversos reinos e etnias, assim como, a importância desse debate permanente em todo ano letivo, prezando pela decolonização dos currículos.

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